terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tentando entender as Transformações


É muito interessante observar como as transformações aconteceram nas sociedades humanas. Conforme os anos vão passando as cosmovisões são transformadas, e com isso, surgem diferentes modos de vida com variadas facilidades e tecnologias. No entanto, essas mudanças (de visão de mundo, culturais, sociopolíticas e tecnológicas) não ocorrem de maneira uniforme.  Além de provocar crises e insatisfações, deixa uma parcela da sociedade na periferia de muitas das inovações.
Essas mudanças acontecem, pois a condição humana depende do momento histórico e espaço em que se encontra e da noção de ordem que se tem nesse tempo e espaço.  Isto é, as mudanças ocorrem quando essa noção muda. Do mesmo modo, as tecnologias avançam conforme as necessidades da humanidade exigem. Infelizmente nem todas as sociedades e camadas sociais usufruem dessas novidades. Essa diferenciação possibilita àqueles que detêm o conhecimento mantenha relações de poder com os demais. Essa realidade define pólos sociais e mantém os interesses do dominante.
Não acontece diferente no ambiente escolar. É evidente a necessidade de agregar as tecnologias nesse espaço. Existem inúmeros fatores que dificultam tal ação. A começar pela falta de interesse dos governantes. Depois pelo despreparo dos docentes para atuar nos laboratórios ou levar para a escola elementos que facilitem os processos de aprendizagem. Mesmo com todo bloqueio da escola tradicional em utilizar esses materiais, eles entram na escola através dos alunos que por não serem instruídos pela escola os utilizam de modo a desfavorecer a construção de conhecimentos.
É de extrema importância salientar que, assim como a sociedade e as tecnologias estão em constantes transformações, os indivíduos permanecem em processo de aprendizagem até os últimos dias de vida. Faz-se necessária a utilização de meios que contribuam nessa atividade. A escola, como “importante espaço público de organização de aprendizagens” (Bonilla, 2005:79) deveria promover essas práticas, atualizando-se e usufruindo desses facilitadores. Além disso, a educação não deveria ser validada apenas no âmbito escolar. Existem inúmeras possibilidades fora dela que dispõe de saberes que podem complementar e contribuir para construção de conhecimentos. Não basta que o indivíduo tenha experiências de apenas uma fonte. É imprescindível no processo educacional que haja uma comunicação, uma interação entre as diferentes fontes de saberes. Agindo dessa maneira, a escola estaria rompendo com o paradigma tradicional, que por essência limita o estudante na interpretação e produção de conhecimentos. Este deixaria de ser apenas consumidor e passaria a ser produtor de conhecimentos e informações.
Diante dessas considerações fica a questão primordial: por que não inovar e buscar novas alternativas para a produção de conhecimentos?
As idéias contidas nesse texto foram influenciadas pelo artigo “A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de realidade frente às crises de conhecimento científico no século XX” de Maria Helena Silveira Bonilla. Nele, a autora nos convida a refletir sobre “os valores de nossa cultura, dos modelos conceituais que explicavam e justificavam a forma como construíamos conhecimento e nos relacionávamos” (Bonilla, 2005:71), analisando as cosmovisões do homem desde a sociedade Medieval até a Contemporânea. Desta maneira, Bonilla nos leva a uma compreensão do comportamento contemporâneo e busca alternativas para superar as crises educacionais nesta sociedade.

Um comentário:

  1. Concordo que precisamos acompanhar as transformações e inovar. Principalmente porque seremos educadoras e se não acompanharmos o barco morreremos na praia. Bjs.

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